[O livro “Prácticas libertarias y movimientos anticapitalistas. Devenir revolucionario de las colectividades en ruptura” (Práticas libertárias e movimentos anticapitalistas. Devenir revolucionário das coletividades em ruptura), escrito por Hugo Marcelo Sandoval Vargas, foi lançado recentemente pela “Grietas Editores”.]

Apresentação:

O anarquismo, pensado como um movimento que têm desenvolvido processos de antagonismo social, lutas, insurreições, greves e revoluções, tem um futuro de grande fôlego. É um movimento que gera instantes de resistência e um projeto político radical, desde formas de fazer política baseadas na ação direta. As formas de pensamento, posicionamentos ético-políticos e práticas que têm construído as individualidades e coletividades libertárias, adquirem vitalidade e voltam ao tempo de agora nos movimentos anticapitalistas que criam formas de fazer política e de organização na perspectiva da autogestão e descentralização.

Este livro pretende dar conta de uma compilação de movimentos anticapitalistas e de instantes de rebelião que atualmente tem aparecido no horizonte anarquista, desde noções e práticas que significam tentativas de criar uma existência contra a dominação e contra toda forma de poder hierárquico. A reflexão que se condensa nestas páginas têm um sentido e uma perspectiva provisória e aberta, que corresponde a uma elaboração situada em um tempo e um espaço concreto, onde têm intervido aspectos subjetivos – boa parte deles inconscientes – e políticos que convertem este trabalho de elucidação em uma imagem temporal, que pretende estar em movimento, disposta à crítica e ao conflito. Pois só um pensamento que existe como crise e negação pode aspirar a ser um pensamento crítico.

Primeira Parte

Pensamento crítico e memória insubmissa.

Crises, negatividade e insubordinação.

I – Abordagens na contramão das coletividades em ruptura. Uma aposta pelo pensar do modo não estatal.

A. História na contramão: A atualização dos passados marginais.
B. Sociedade instituinte e pensamento não estatal. Estado de exceção e conflito social.

II – Investigação militante e caminhar perguntando. Reflexões desde a crítica, o conflito e a luta.

A. Pensamento crítico e rupturas emergentes.
B. Caminhar na incerteza: Interrogação, reflexão e rememoração.

III. O horizonte anarquista contemporâneo. Um fazer-pensar contra a dominação.

A. Reflexões libertárias contra a dominação.
B. As noções práticas anarquistas, viver-resistir em ruptura.

IV – A revolução social no tempo atual. Antagonismo social e horizontes de autonomia.

A. A revolução mundial dos trabalhadores: luta de classes e ação direta.
B. 1968: a irrupção de uma imagem rebelde.
C. Constelação de lutas anticapitalistas contemporâneas.

Segunda Parte

Irrupções libertárias no tempo atual.

I. Horizonte libertário e zapatismo. Terra, comunidade e autonomia.

A. A prática zapatista. Mandar-obedecendo e auto-organização dos povos.
B. Viver a autonomia nos feitos. O autogoverno e as comunidades indígenas em rebeldia.

II. Do movimento antineoliberal aos indignados e ocupas: ressonâncias do anarquismo.

A. As lutas antineoliberais: entre os protestos e as assembleias.
B. Ocupar tudo. Instantes de ruptura para criar crises no capitalismo.

III. Contracultura libertária e negação da sociedade do espetáculo. Alteridade e resistência.

A. Irrupção do punk. Anti-arte e faça você mesmo!
B. O movimento anarcopunk em Guadalajara. Resistir e criar autonomia.

IV. Espaços-tempos de autogestão e luta. Práticas antagônicas para deixar de ser o que somos.

A. A emergência de formas de fazer políticas anticapitalistas no tempo atual.
B. Imaginários e potencialidades para a autogestão generalizada.

Para mais informações, contactar: grietas.editores@gmail.com
agência de notícias anarquistas-ana

Novos ares respirar
Vento traz palavras
Sentimento é semente

Mara Mari