Nesta quinta-feira, 15 de dezembro, foi realizada a primeira manifestação de desempregados na história de um país que já conta com mais de um milhão de desempregados. Mais de 1.000 pessoas se reuniram na praça principal de Syntagma (Constituição), e em seguida marcharam pelo centro da cidade, distribuindo folhetos e rompendo por quase uma hora a normalidade consumista, já tão pertubada por causa da situação económica e social. A marcha passou pelas duas sedes do Ministério do Emprego e acabou nos Propileos da antiga Universidade de Atenas, entre a praça principal de Syntagma e a praça de Omonia (Concórdia), onde a marcha já tinha passado.
Alguns dos lemas gritados no protesto:
Terrorismo é procurar por trabalho, nenhuma paz com a patronal;
Sindicalismo classista, nem estatal nem partidário;
Vitória para os trabalhadores da “Siderurgia Grega”, o inimigo está nos bancos e nos ministérios;
Os desempregados não são números, organização e resistência aos patrões;
Sem você nenhuma engrenagem roda, um trabalhador pode sem patrões;
40 horas por 500 euros, bofetadas e pontapés a cada patrão;
Ódio classista, os desempregados nas ruas não têm dia de folga.
Pode ser que não houve uma participação muito grande, mas considerando que esta foi a primeira tentativa de fazer uma ação auto-organizada pelos desempregados, se pode dizer que foi um começo de um esforço que vai continuar . A próxima mobilização dos desempregados de Atenas será na outra quinta-feira, 22 de dezembro.
agência de notícias anarquistas-ana
Nuvens inquietas
sobre o lago
zen.
Yeda Prates Bernis