Ao se dar o estopim da guerra civil espanhola em julho de 1936, o sindicato anarquista CNT socializou a indústria de cinema na Espanha. Em Madri e Barcelona os trabalhadores de cinema assumiram, através do sindicato, os meios de produção e se produziram numerosos filmes. Isto deu lugar a um período único que não voltou a acontecer em nenhuma outra cinematografia mundial.
Apesar do país estar imerso em uma guerra sangrenta, entre 1936 e 1938 foram rodados e exibidos filmes das mais variadas temáticas: dramas sociais, comédias musicais, filmes de denúncia e documentários bélicos. Todos eles compõem um variado mosaico que dá lugar a um dos momentos mais insólitos e originais da cinematografia espanhola.
Através da opinião de diversos pesquisadores, assim como do depoimento do diretor de fotografia e restaurador espanhol, Juan Mariné, o documentário revisa cada uma das produções que constituem um legado excepcional da cinematografia espanhola.
Foi um período muito efêmero durante o qual os roteiristas, os diretores, os técnicos e os atores espanhóis trabalhando juntos e sem hierarquias demonstraram uma das máximas do mundo do espetáculo: apesar dos bombardeios, da fome e do drama da guerra, o espetáculo devia continuar, e continuou.
Veja o filme aqui:
Aqui galeria com 54 imagens:
Tradução > Juvei
agência de notícias anarquistas-ana
tarde cinza
toda azaléia
arde em rosa
Alice Ruiz