[No sudoeste de Portland, na noite de quinta-feira (7 de abril), 12 anarquistas foram detidos durante um protesto contra a brutalidade policial. Eles foram liberados na manhã do dia seguinte.]
Antes de começar o protesto, um oficial encarou uma jovem e empurrou-a violentamente, deixando-a sangrando no chão. Seus companheiros relataram que o policial não quis dar seu número de identificação, mas seu nome era “Weinberger”. Outro policial deteve um manifestante por ter atirado um toco de cigarro no parque.
Quando aproximadamente 20 manifestantes se reuniram, a marcha começou, liderada por uma faixa que dizia: “Cada policial um assassino, cada juiz um inimigo”. Calculou-se uns 30 policiais requisitados neste momento, ao longo das ruas em azul e amarelo, e ordenando que os manifestantes permanecessem na calçada.
As fileiras de ambos, manifestantes e polícia, seguiram crescendo rapidamente, chegando a 50 no “Black Bloc”. Mais 35 policiais de bicicleta uniram-se as fileiras das forças da ordem, com mais 6 a cavalos e pelo menos 7 carros da polícia. Alguns seguranças particulares estavam presentes, fustigando as pessoas “suspeitas”.
Aproximadamente às 19h40, na esquina da 9 e Stark, um tumulto estourou.. Spray de pimenta foi atirado em cima da multidão; empurrões, golpes, gritos. Muitos dos manifestantes corriam em todas as direções. A causa do conflito era incerta, mas foi notado por vários observadores de que ambos os lados se contra-atacaram. Testemunhei três detenções, neste momento, incluindo uma menina muito jovem. Os manifestantes relataram sua idade: 14 anos de idade.
Outro detido não estava se movendo, quase inconsciente, e teve de ser levado pela polícia, com os pés arrastando. Um policial empurrou violentamente um dos manifestantes, ordenando-o permanecer na calçada.
Enquanto os manifestantes se reagruparam no Parque Obryant, chegaram mais policiais: 20 da tropa de choque, mais 10 a pé e de bicicleta, e pelo menos 10 carros da polícia com as sirenes ligadas. Contei 58 policiais nesse momento.
Os 15 manifestantes restantes estavam reunidos com seus companheiros e começaram uma marcha em torno dos bairros adjacentes, até a Praça Pioneer. Um coro com frases como “Fuck the Police!”(“Foda-se a polícia”) e “A-C-B!  All Cops Are Bastards!” (“Todos os tiras são uns bastardos”) parecia surpreender alguns transeuntes, enquanto outros simplesmente ficaram boquiabertos de espanto. Vários colocaram seus punhos no ar em solidariedade.
Às 20h25, 12 manifestantes permaneciam na Pioneer Square. Pelo menos 26 policiais acompanharam de perto cada movimento, com carros da polícia em todas as direções, e um grande caminhão anti-motim rodava lentamente, enquanto 20 policiais permaneceram do lado de outro caminhão.
A partir deste ponto a marcha continuou pela 3ª Avenida e, finalmente, até a 12ª Burnside Avenue, onde um “muro” de policiais deu-lhes boas-vindas, proibindo a passagem. Os manifestantes finalmente mudaram seu curso através da Stark Street e voltaram para a Pioneer Square.
Por volta das 21h30 aproximadamente uma dúzia de manifestantes permaneceu em frente ao Palácio da Justiça, com a polícia fazendo “companhia”.
agência de notícias anarquistas-ana
no inverno, o vento
dança com as folhas
a seu contento
Eugénia Tabosa